quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

DESCOBERTAS

Descobri com o tempo que os discursos não convencem ninguém; no máximo irão arregimentar aqueles que já não tinham qualquer opinião. Mas esse tipo de convencimento não é válido; no próximo discurso bem elaborado, mesmo que repleto de falácias, essas pessoas mudarão novamente de "lado".

Descobri que quanto mais se luta contra alguma coisa, mais essa coisa ganha força e cresce. As nossas críticas alimentam mais ainda o fanatismo das convicções, não importa o quão absurdas sejam.

Descobri que as amizades sempre terão um quê de retribuição. Ninguém nos terá em apreço incondicionalmente, porque afinal de contas não somos Deus, somos humanos e fomos criados assim. E no campo das convicções, você terá amigos tanto quanto suas ideias concordarem. O oposto também é verdade, infelizmente.

Descobri que não é o revelar-se nua e cruamente ao outro que te faz verdadeiro, mas é o dizer as palavras certas na hora certa, ou talvez nem dizê-las. O revelar-se por completo revela quem você realmente é, e a maioria das pessoas não está interessada nesta descoberta; a maioria se afastaria de você.

Descobri que uma cosia muito boa na vida é o não almejar as riquezas. Isso te faz viver de forma leve e o torna um apreciador das pequenas ações.  O dinheiro é escravizador, por isso quem não o tem como um deus, vive melhor.

Descobri que não tenho mais medo de aprender. Aprendo a cada dia e à medida que aprendo, mudo o modo como penso. As minhas verdades estão sempre em construção e vão, juntamente com a maturidade, adquirindo novas nuances. Mas, independente de serem renováveis, sempre são verdades, porque também aprendi que ninguém vive bem sob a angústia da dúvida. Por isso, tenha as suas verdades, a cada dia.

Descobri que o arriscar-se é melhor que o acomodar-se. Quando se arrisca você no mínimo conhece novas pessoas, novas opiniões, cria novas oportunidades e cresce como ser humano. O acomodar-se nos faz indiferentes a outras realidades. Quando nos arriscamos, diminuímos a chance de sermos manipulados por aqueles que querem nossa alienação.

Descobri que não posso viver de nostalgia porque fatalmente estaria mais propenso a cometer velhos erros. Mas aprendi também que não posso ignorar meu passado. Ele é tudo aquilo no que me tornei hoje, sem mais nem menos. Por isso, dou risada de tudo que aconteceu, mesmo das coisas ruins, porque se posso rir é porque ainda estou vivo.

Descobri como é bom e libertador dizer não àquilo que me incomoda. Não somos obrigados a agradar a todos e nem a nos tornarmos infelizes para satisfazer desejos alheios. Dizer não te põe novamente no controle da sua vida. Não se preocupe, os amigos verdadeiros continuarão ao seu lado.

Descobri tantas outras coisas; algumas que nem posso dizer. Mas essas são minhas descobertas. Espero que tenha as suas e que elas façam tão bem a você como as minhas fazem a mim.

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