quarta-feira, 21 de agosto de 2013

CEGOS COMO BARTIMEU

"Vá", disse Jesus, "a sua fé o curou". Imediatamente ele recuperou a visão e seguia a Jesus pelo caminho. Marcos 10:52

A cura de Bartimeu é um tipo perfeito de todo aquele que entra em contato com a boa notícia de Jesus - O Evangelho.
Bartimeu era cego, ficou sabendo que Jesus curava e que estava passando por perto. Começou a gritar ao ponto de chamar a atenção de Jesus para ele.
Jesus tinha o poder de curá-lo, mas era necessário que Bartimeu quisesse ser curado. Quando Bartimeu deixou claro sua vontade, Jesus então faz o que lhe é inerente fazer, abre os olhos do cego, e a primeira pessoa que ele vê é Jesus.
Há dois momentos em nossa vida em que nossos olhos são abertos. O primeiro momento é o da perda da inocência. Neste primeiro e trágico momento nossos olhos são abertos e passamos a discernir entre o bem e o mal, como aconteceu lá no jardim. E esse processo se repete em cada ser humano que atinge a idade da escolha de comer do fruto que não deveríamos ter comido.
É um momento irônico e paradoxal pois ao mesmo tempo que nossos olhos são abertos para o discernimento de nossas ações, eles são fechados para o nosso criador. Passamos a agir de acordo com nossas inclinações, desejos e vontades, contrariando os desejos e planos que Deus tem para nossa vida.
Carregamos o DNA da cegueira desde o nascimento; daquela que nos impede de enxergar a Deus.
O segundo momento é o momento da redescoberta onde entendemos que, apesar de ter tanto discernimento, somos na verdade cegos. A liberdade que o discernimento nos proporciona se transforma em nossa própria prisão e nos faz escravos de nossos desejos desenfreados. Não conseguimos mais controlar nossas inclinações e a partir deste momento não há mais limites para aquilo que podemos fazer ou pensar. Neste momento precisamos de Jesus. Ele não tira nosso discernimento, mas tira a cegueira que nos faz achar que podemos tudo e que somos independentes. Tola independência que gera dependência, vício, morte.
Neste momento de redescoberta descobrimos que é muito melhor depender do que achar que podemos tudo sozinhos. É como a criança que tenta dar os primeiros passos sem a ajuda do pai, cai, se machuca, sente a dor da sua independência e olha para trás como querendo dizer: pai, me ajuda, porque eu não posso fazer isso sozinha. O pai a levanta e ela entende que, não importa o tempo que passe, sempre que a vida causar dor, o pai estará lá para acolhe-la.
E finalmente, Bartimeu nos ensina que depois de entender que depender de Deus é tão bom, não há outra opção mais segura e reconfortante do que seguir a Jesus, tê-lo por perto, seguir os seus passos. Porque afinal de contas a vida sempre nos causará dores e é muito bom ter pra quem olhar e dizer: - me ajuda porque eu não posso sozinho. Esse é o prêmio pra quem um dia disse pra Jesus: - estou cego, não posso ver, abre meus olhos!

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