quinta-feira, 26 de julho de 2012

HÁ PECADO SEM PERDÃO?

Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via. E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.
Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino? E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.
Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa? Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.
Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.
Mateus 12:22-32
 
A questão mais importante aqui é na verdade a libertação do suposto endemoninhado. Alguém que tinha olhos mas não via, que tinha língua mas não falava, só poderia mesmo era estar com o demônio no corpo. E nesta condição ele era mais um perdido entre os filhos de Israel. alguém que ninguém sabia muito bem o porquê, havia sido rejeitado e esquecido por Deus. Alguém que cruzou o caminho de Jesus.
Jesus não pôde deixar aquele homem naquela condição e o  restaura retirando as marcas que o tornavam impuro e indigno. Se ele havia sido rejeitado e amaldiçoado por Deus, apenas Deus poderia tirá-lo daquela situação, assim pensavam os judeus. E quando Jesus retira-o daquela situação de desgraça, logo a conclusão mais óbvia seria de que Deus estava visitando o seu povo com graça.
Mas esta conclusão não era tão óbvia assim para aquela turma de legalistas que só estavam arranjando um meio de desmascarar Jesus. Pra gente assim, nem se o próprio Deus descesse do céu e falasse com eles, eles creriam. Estavam cegos porque decidiram tapar os olhos para o que Deus estava fazendo. Imputaram o milagre da graça e da salvação à Satanás.
Este texto não está falando das vezes em que você questionou se esse ou aquele camarada agia ou age através de Deus ou não. Esse texto não o está proibindo de desconfiar das coisas "milagrosas" que acontecem. Este texto não o está privando de provar os espíritos para ver se provém de Deus ou não. Este texto fala de algo muito mais sério. Dizer convictamente que quem salva é o diabo. Dizer que quem liberta é Satanás. Foi isso que disseram de Jesus.
Se a condição daquele homem, que era judeu, o colocava distante de Deus e longe da comunhão com Ele, então somente Deus tinha poder para fazê-lo retornar à comunhão, e assim Deus o fez através de Jesus na virtude do Espírito Santo.
O diabo veio para matar, roubar e destruir e Jesus veio para nos dar vida. E esta vida, que é a regeneração promovida pelo Espírito Santo não pode ser outorgada ao diabo. A troca destes papéis culmina tragicamente no pecado sem perdão, visto que a pessoa de forma incisiva e declarada nega a salvação que só Jesus pode dar.

terça-feira, 17 de julho de 2012

A TRUPE DE JESUS

"E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens. " Lucas 8:1-3

Este texto é fantástico. Até poderia-se passar por uma narrativa comum e quase sem significado, mas não é. Tem propósito e tem porquê cada detalhe destes 3 pequenos versos colocados por nosso médico querido, o Lucas. Alías, só mesmo o Lucas para ter uma visão tão perspicaz como esta. Desculpem-me os legalistas, mas acho que Mateus jamais teria um olhar como este.
Não sei se você consegue perceber, mas a trupe de Jesus não era nada recomendável. Alí tinha de tudo: cobrador de imposto, pescador briguento, homens de temperamento trovejante, uma ex-endemoninhada (e põe demônio nisso), uma mulher envolvida com o alto escalão do poder político-religioso de Israel, pobres, ricos, até traidor tinha.
Não creio que algum pastor ousaria sair por aí anunciando a boa notícia que o reino de Deus já havia chegado com uma turma dessas. Para olhares farisaicos, esse povo representava um marketing muito negativo para a missão de qualquer evangelista, mas não para Jesus.
Por mais contraditório que possa parecer, esse era exatamente o marketing que Jesus queria passar andando com esse bando.
Permita-me devanear um pouco aqui. Imagino Jesus andando e dizendo para as pessoas que encontrava nas ruas:
- Olha, tenho uma boa notícia pra você - o reino de Deus já chegou.
- Como assim já chegou? Como você pode provar o que está dizendo?
- Bom, basta olhar para minha trupe. Esta gente está me seguindo.
E então Jesus começa a fazer as apresentações:
- Esse é Pedro, ex-pescador, esse é Mateus ex-publicano, esses são Tiago e seu irmão João, pessoas que tinham um temperamento bem explosivo. Ah! essa é Maria Madalena ex-endemoninhada e essa é Joana, mulher de um oficial de Herodes, e este...e esta...
- É para este tipo de gente que o reino de Deus já chegou e você pode fazer parte dele se quiser.
Extraordinário. Jesus não andava com os religiosos, os engravatados, os doutores, os de reputação acima de qualquer suspeita. Jesus andava com gente da pior espécie que havia sido regenerada por ele, mas que continuava em um processo de restauração. E essa gente fazia parte da mais perfeita estratégia de marketing jamais vista na história. Eles eram a prova viva e inequívoca de que a boa notícia que Jesus estava anunciando realmente era verdade e funcionava. Se funcionou para aquele tipo de gente, pode funcionar para mim também; esta é a lógica.
Jesus não tinha vergonha de andar com eles. Jesus os expõe como garantia de que o seu evangelho tinha, tem e sempre terá poder para transformar qualquer criatura.
E desde então esta trupe tem aumentado. Marias, Pedros, Fábios, muitos nomes têm se juntado a este grupo porque resolveram aceitar a boa notícia de Jesus e andar com Ele, sem medo de mostrarem quem foram, porque têm a convicção de que não mais são o que eram. E como o Apocalipse nos mostra, é uma multidão que ninguém pode contar.
Fazer parte da trupe de Jesus é conviver com gente assim, os "ex-ninguém" deste mundo, e chamá-los de irmãos, porque é isso que o evangelho nos faz, une pobre e rico, preto e branco, homem e mulher, e quem não aceita esta "misturada" toda, infelizmente não pode fazer parte da caravana.
E a caravana continua passando e convidando, mulheres e homens que queiram, através de suas vidas, levar alegria e riso àqueles que estão tristes e caídos pelo caminho.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

QUE AMOR É ESSE?

Lucas 7:36-50 "Convidado por um dos fariseus para jantar, Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa. Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’, trouxe um frasco de alabastro com perfume, e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com as suas lágrimas. Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume.
Ao ver isso, o fariseu que o havia convidado disse a si mesmo: "Se este homem fosse profeta, saberia quem nele está tocando e que tipo de mulher ela é: uma ‘pecadora’ ". Respondeu-lhe Jesus: "Simão, tenho algo a lhe dizer". "Dize, Mestre", disse ele. "Dois homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta. Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a ambos. Qual deles o amará mais? " Simão respondeu: "Suponho que aquele a quem foi perdoada a dívida maior". "Você julgou bem", disse Jesus.
Em seguida, virou-se para a mulher e disse a Simão: "Vê esta mulher? Entrei em sua casa, mas você não me deu água para lavar os pés; ela, porém, molhou os meus pés com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me saudou com um beijo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés. Portanto, eu lhe digo, os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama". Então Jesus disse a ela: "Seus pecados estão perdoados". Os outros convidados começaram a perguntar: "Quem é este que até perdoa pecados? " Jesus disse à mulher: "Sua fé a salvou; vá em paz".

Este texto é um dos meu favoritos no Novo Testamento, juntamente com a parábola do filho pródigo e o evento do encontro com a mulher samaritana. Favorito porque Jesus, mais uma vez, choca os legalistas com sua peculiar ironia e loquacidade. Como disse a Tatiana ontem no estudo, palavras suaves mas de profundo impacto.

Jesus vai a uma festa convidado por um fariseu que deve ter se encantado com o discurso do Mestre, mas que ainda cultivava dúvidas de quem ele realmente era. De repente aparece uma figura estranha com gestos estranhos e nada comuns. Uma figura sem nome, indesejada, rejeitada e desprezada. Apenas um codinome: pecadora.

Isto a diferenciava do resto, não porque o resto não fosse também pecador, mas porque não se viam desta maneira. O Simão, todo cheio de si, fariseu, conhecedor e cumpridor da lei, se sentia superior até a Jesus, visto que não fez os costumeiros rituais de boas vindas: beijo, lava pés e o derramar do óleo sobre a cabeça.

Mas a pecadora, provavelmente uma prostituta, fez as vezes do anfitrião. Ao chorar sobre os pés de Jesus, revela toda a sua gratidão diante da boa nova apresentada a ela. Ao retirar seu véu para enxugar os pés de Jesus com seu cabelo, revela para todos os convidados e principalmente para Jesus o símbolo da sua vergonha e de um passado que ficara para trás. Ao ungir os pés de Jesus com o perfume, provavelmente fruto de sua prostituição, entrega o que de mais valioso possuía, mas que também não precisaria mais ser usado já que sua vida de miséria chegava ao fim. Ao beijar seus pés, ela demonstra uma gratidão de vida, como se Jesus a tivesse salvo da pena de morte, o que era realmente verdade.

Mas o olhar preconceituoso do legalista não compreende nada disso e ao invés de se alegrar, critica a atitude de Jesus que se deixa tocar por aquele tipo de gente. Jesus, através de uma parábola muito conhecida, mostra a Simão dois tipos de devedores: um que devia pouco (ou pelo menos achava que devia pouco) e outro que devia muito. A conclusão surpreendente vem depois. Não importa se você acha que deve pouco ou muito, diante de Deus sua dívida é impagável. Nada do que você faça liquida a dívida que tem com Deus.

O segredo não está no tamanho da dívida, mas em entender que independente do tamanho, só Deus pode perdoá-la. A prostituta entendeu, o Simão não.

E como diria o Joachim Jeremias "assim é Deus". Um Deus que se deixa tocar, porque neste toque há restauração e cura. Um Deus que não vê nem méritos e nem créditos, mas vê necessidades que só Ele pode suprir. Um Deus que se interessa pela escória da humanidade, enquanto a "igreja" a rejeita. E por ser Deus assim tão bom, Ele causa tanta indignação nos certinhos e nos legalistas que não se acham tão pecadores assim.

Só pode demonstrar tanta gratidão assim, quem um dia sentiu o alívio de ter seus pecados perdoados. Quem não sabe que tem pecados, nem é perdoado e nem perdoa, porque entende tudo em uma escala de hierarquização, e por isso se acha justo, e por isso acha o outro injusto e imerecedor. Esquece que para Deus não tem escala e não tem tamanho, mas tem graça pra quem quiser.

Assim é Deus e assim é o amor de Deus. Citando o Stênio Marcius: um amor tão forte, mais que o inferno e a morte, são torrrentes que arrebentam o chão. Mais fácil secar os mares, apagar a estrela antares, que arrancar o amor do seu coração!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O SUSSURRAR DE DEUS


Senhor, o teu silêncio dói demais na minha alma
tua ausência é agonia, arranca o sono e a calma
só queria neste instante ouvir os teus ternos passos
sem os quais a minha vida vira louco descompasso

Mas parece, é o que sinto, quanto mais espero e almejo
mais longa e cruel se faz a noite da minha vida
tua presença é só miragem em meu longo desespero
semelhante à ferida aberta da despedida

Neste instante a tua palavra grita forte aos meus ouvidos
não tenha medo ainda que só haja morte e escuridão
sou eu e não é outro que caminho e estou contigo
descansa agora e aquieta seu cansado coração

Lembra que na tua história tem razão e tem porquê
meus planos são bem maiores que tua tênue visão
na jornada da tua vida quem dirige é o meu querer
por isso sossega agora, é vã a preocupação

Tal qual madeira bruta nas mãos do carpinteiro
se deixa modelar, aceite a plaina e o formão
sou eu que te desenho, te refaço por inteiro
tua vida e teu destino tenho eu em minhas mãos

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O SERMÃO DO MONTE: A ORAÇÃO DO REINO

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.
E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
Mateus 7:7-12

Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister.
E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;
Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.
E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente?
Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
Lucas 11:5-13


De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
Tiago 4:1-3


Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.
João 15:1-9

O texto base é o de Mateus, que dá continuação ao que estamos estudando nas últimas semanas. Coloquei outros textos porque acho relevante entendermos alguns aspectos da oração que podem ser mal compreendidos e com isso gerar decepção.

O primeiro aspecto importante no texto é que devemos pedir. Jesus nos autoriza a pedir coisas materiais e espirituais. Pedir não implica em falta de fé, muito pelo contrário, pedimos porque sabemos que somente Deus pode nos dar aquilo que precisamos. Quando pedimos mostramos dependência de Deus e declaramos que somos incapazes por nós mesmos de realizar ou conseguir algo.

Muitas pessoas não pedem porque se acham indignas. Acham que não merecem nada além do que já têm e por isso não pedem. Este é o discurso, mas a realidade é que não pedem porque não tem intimidade suficiente com Deus para conhecê-lo e saber que Ele sente prazer quando seus filhos pedem. Não pedem porque desconfiam de sua fidelidade a Deus e pensam que pelos seus pecados, Deus não os ouvirá. Mas a verdade é que cometendo ou não pecados (óbvio que é impossível não cometê-los) Deus nos agracia com bens de qualquer forma, porque não é por merecimento, mas por graça que Ele nos concede aquilo que necessitamos. E é neste espírito que devemos chegar a Deus em oração, não deixando que nossos pecados nos impeçam de pedir a Deus, e não deixando que a vã idéia de que merecemos mais do que outros nos dê a arrogância de achar que Deus tem que nos atender. A graça independe do que fazemos ou deixamos de fazer, simplesmente porque é graça.

Muitos não pedem porque acreditam que sendo Deus onisciente, Ele não necessita de que peçamos porque já sabe com antecedência todas as coisas. Este argumento é interessante porque o próprio Jesus declara no capítulo 6 de Mateus, verso 32 que o Pai sabe do que necessitamos, então por que pedir?
Não pedimos por causa de Deus ou para que, através de nossa oração Ele nos atenda, pedimos por nós mesmos. Somos nós que precisamos pedir, somos nós que precisamos orar. Deus não precisa de nossa oração para agir, mas nós precisamos desse meio de comunhão com Deus para mantermos nossa fé viva.